ESCOLA E. MUNICIPALIZADA ERNESTINA FERREIRA CAMPOS
PROJETO OLIMPÍADA RIO 2016 – Português- 2ᵒ Bimestre
A origem das Olimpíadas: Mitologia Grega em foco.
Professora: Degiane Turmas: 8ᵒ ano e 9ᵒ ano
OS PRINCIPAIS SERES MITOLÓGICOS DA GRÉCIA
ANTIGA ERAM:
- Heróis : seres mortais, filhos de deuses com seres humanos. Exemplos: Herácles ou Hércules e Aquiles.
- Ninfas :
seres femininos que habitavam os campos e bosques, levando alegria e
felicidade.
- Sátiros :
figura com corpo de homem, chifres e patas de bode.
- Centauros :
corpo formado por uma metade de homem e outra de cavalo.
- Sereias :
mulheres com metade do corpo de peixe, atraíam os marinheiros com seus cantos
atraentes.
- Górgonas :
mulheres, espécies de monstros, com cabelos de serpentes. Exemplo: Medusa.
- Medusa:
mulher com serpentes na cabeça
- Quimera :
mistura de leão e cabra que soltava fogo pelas ventas.
-Minotauro: tinha
corpo de homem e cabeça de touro. Forte e feroz, habitava um labirinto na ilha
de Creta.
Alimentava-se de sete rapazes e sete moças gregas, que deveriam ser enviadas
pelo rei Egeu ao Rei Minos, que os enviavam ao labirinto. Muitos gregos
tentaram matar o minotauro, porém acabavam se perdendo no labirinto ou mortos
pelo monstro.
A
história de Pégaso
Uma das figuras mais emblemáticas da
mitologia grega é Pégaso, o cavalo alado. A sua lenda envolve um número enorme
de outros seres mitológicos, como Poseidon, Medusa, Perseu, Belerofonte,
Quimera, Atena e o próprio Zeus. Portanto, o mito de Pégaso era de extrema
importância para a cultura grega.
Segundo a lenda, Poseidon (Netuno para os romanos), deus do mar, era apaixonado
por Medusa, um monstro com cabelos de serpente e que tinha o poder de transformar
as pessoas em pedras. No entanto, o deus nunca tinha conseguido tocá-la. Quando
o herói Perseu derrotou Medusa cortando-lhe a cabeça, uma gota do sangue dela
caiu em contato com a água, provocando um enorme estrondo. Surgiu, então, uma
espuma branca sobre a água e um belo cavalo de pelagem branca e com asas
emergiu. Foi assim que nasceu Pégaso, filho de Poseidon e Medusa.
Após seu nascimento, Pégaso bateu com seus cascos no chão do monte Hélicon,
fazendo brotar nesse local a fonte de Hipocrene, que se tornou famosa como um
símbolo de inspiração para a poesia. Quem bebesse das águas sagradas da fonte,
viraria um poeta. A partir disso, muitos homens tentaram capturar o cavalo para
domesticá-lo, mas ninguém conseguiu.
Algum tempo depois, o monstro Quimera – um monstro com cabeça e corpo de leão,
com duas cabeças anexas, uma de cabra e outra de serpente – estava devastando a
região de Corinto, atacando rebanhos com os fogos que lançava por suas narinas.
O herói Belerofonte decidiu então lutar contra Quimera, mas jamais conseguiria
vencer sozinho. A deusa Atena resolveu ajudá-lo, entregando-lhe uma rédea de
ouro para que domasse Pégaso. Com o auxilio do cavalo alado, Belerofonte
poderia derrotar Quimera. Sendo assim, Belerofonte e Pégaso conseguiram matar o
monstro e salvaram a região de Corinto.
Após esse feito, algumas pessoas passaram a
acreditar que o herói era um ser divino. Deixando-se dominar pelo orgulho e
pela vaidade, Belerofonte achou que seria capaz de voar com Pégaso até o
Olimpo, a morada dos deuses, para juntar-se a eles. No entanto, Zeus ficou
zangado com essa atitude e mandou uma abelha picar o cavalo enquanto este voava
até o Olimpo. Ao ser atacado, Pégaso descuidou-se e deixou Belerofonte cair no
chão. Atena decidiu ajudar Belerofonte mais uma vez e fez com que a terra
ficasse mole para que o herói não morresse ao colidir com o chão.
Zeus permitiu que Pégaso continuasse a subir cada
vez mais alto até alcançar as estrelas e transformou-o na constelação de Pégaso.
Depois desse episódio, Belerofonte passou o resto da sua vida como um mendigo,
procurando por seu cavalo alado, mas sem nunca conseguir encontrá-lo, pois este
estava vivendo entre as estrelas.
Hércules filho de Zeus
com Alcmena (uma mortal), Anfitrião (marido de Alcmena)
estava na guerra dos sete chefes e Zeus se transformou em Anfitrião
para seduzir Alcmena dessa união nasceu Hércules, mas Hércules
como era filho de uma mortal também era um mortal, Zeus queria tanto que
Hércules fosse imortal que pediu para Hermes que fizesse com que
Hércules bebesse do peito de Hera e assim Hermes fez,
aproveitou o momento em que a deusa dormia e colocou o bebe em seu colo, Hércules
começou a beber como o planejado, mas depois de um tempo ele começou a beber
com tanta violência que mesmo depois de ter acabado de beber o leite continuou
correndo e ao cair na terra o leite se transformou na flor-de-lis, mas Hércules
não bebeu o suficiente assim ficando apenas com a força de um deus.
Hércules desde pequeno era perseguido por Hera, quando ainda era um bebe Hera enviou cobras para matá-lo, mas por ser um semideus Hércules pegou as cobras com as próprias mãos e as estrangulou, mas Hera alguns anos depois enviou mais uma serpente, só que dessa vez o alvo era Alcmena, assim facilmente matando-a, Hércules se casou com Mégara e com ela teve dois filhos, um dia Hércules foi tomado por uma loucura causada por Hera e acabou matando seus filhos e esposa, assim sentindo-se culpado, Hércules foi até Delfos consultar o Oráculo, que o disse para ele ser escravo de seu primo Eristeu por 12 anos que ele encontraria o perdão, Eristeu era simpatizante de Hera e dela recebeu a ideia de 12 trabalhos muito perigosos, para dar a Hércules na esperança de matá-lo, mas não foi o acontecido.
Depois de Hércules se libertar de Eristeu ele se apaixona por Lole e recebe de Dejanira, como presente de núpcias, uma túnica toda ensanguentada, ele põe, mas ele começa a sentir fortes dores e a túnica estava grudada em seu corpo, penetrando cada vez mais em seu corpo, Hércules não aguenta mais a dor e se joga numa fogueira, mas não acontece nada, então Hércules dá seu incrível arco e flechas para um jovem chamado Filoctédes e pede desesperado que o mate, o jovem atende o recado, Hércules vai para o Olimpo onde seu pai o torna imortal.
O Mito
de Morfeu (Morpheus)
Na
mitologia grega, Morpheus era o deus dos sonhos, sendo o principal dos Oneiroi
ou Orinos, os mil filhos de Hypnos, deus do sono e da sonolência. Era
representado com asas, voava rápido e silenciosamente, lhe permitindo
chegar em qualquer lugar e a qualquer momento.
Morpheus encarregava-se de induzir os
sonhos a quem dormia e de adotar uma aparência humana para aparecer neles,
especialmente igual aos entes queridos, permitindo aos mortais fugir
por um momento do olhar dos deuses.
Morpheus dorme em uma cama de
ébano em uma gruta pouco iluminada, rodeado de flores de dormideira, que contêm
alcaloides de efeitos sedantes e narcóticos, enquanto seus irmãos Phobetor
e Phantasus são responsáveis pelos sonhos dos animais e os objetos inanimados
que apareciam nos sonhos. Morpheus só se ocupa dos elementos humanos.
Inadvertidamente, Morpheus revelou os
segredos aos mortais através de seus sonhos, e por isso foi fulminado por Zeus.
Do seu nome procede o nome da droga Morfina, por suas propriedades que
induz à sonolência e tem efeitos análogos ao sonho. E toda noite Morpheus vem
nos abraçar e nos fazer sonhar, por isso se diz que dormir bem é estar nos
braços de Morpheus (aportuguesando, Morfeu).
Perseu e a Medusa
Acrísio,
rei de Argos, era pai de Dânae, uma linda moça, mas estava desapontado por não
ter um filho. Quando consultou o oráculo sobre a ausência de um herdeiro homem,
ele recebeu a informação que nunca geraria um filho, mas no futuro teria um
neto, cujo destino era matar o avô. Acrísio
tomou medidas extremas para fugir deste destino e isolou Dânae no topo de uma
torre de bronze. Ela permanecia em total reclusão até que um dia Zeus veio
visitá-la na forma de uma chuva de ouro. Dânae deu à luz a Perseu, mas Acrísio
ainda tinha esperanças de evitar o destino. Mandou construir uma grande arca,
colocou Dânae e seu filho dentro e lançou-os ao mar.
Lançada pelas
ondas, a arca chegou às praias de Sérifo, uma das ilhas das Ciclades. Dânae e
Perseu foram cuidados por um honesto pescador, Dictis, irmão do rei de Sérifo,
Polidectes, um homem inescrupuloso. Com o passar do tempo, Polidectes
apaixonou-se por Dânae, mas Dictis protegia Dânae das investidas do rei,
enquanto Perseu crescia.
Certo dia, durante um banquete, Polidectes
pediu presentes aos seus convidados. Uns prometeram lhe dar cavalos, outros
ofereceram joias, mas Perseu ofereceu-se a trazer a cabeça da Górgone, a
Medusa. Todos que prometiam tinham de honrar e cumprir sua promessa. Polidectes
aceitou a oferta pensando que assim se livraria de Perseu e poderia conquistar
sua mãe Dânae.
As górgones eram três, monstruosas criaturas aladas com cabelos
de serpentes. Duas eram imortais, mas a Medusa era mortal e potencialmente
vulnerável. No entanto, ela transformava em pedra todos que a olhasse em seus
olhos. Hermes mostrou a Perseu o caminho das Gréias, três velhas irmãs que
compartilhavam um olho e um dente entre si, e instruído por Hermes, Perseu
conseguiu se apoderar do olho e do dente, recusando-se a devolvê-los até que as
Gréias mostrassem o caminho até as Ninfas, que lhe dariam tudo o que
necessitava para lidar com Medusa.
As
Ninfas deram-lhe uma capa de escuridão que permitiria a Perseu pegar a Medusa
de surpresa, botas aladas para facilitar sua fuga e uma bolsa especial para
colocar a cabeça após tê-la decepado. Hermes lhe deu uma foice, e assim Perseu
seguiu para encontrar Medusa.
Ao
encontrá-la, Perseu a viu através de seu escudo brilhante evitando olhar para
ela; e quando ela se aproximava, Perseu cortou-lhe a cabeça. Acomodando a cabeça da Medusa em sua bolsa, retornou rapidamente a
Sérifo, auxiliado por suas botas aladas. Mas ao sobrevoar a costa da Etiópia,
Perseu viu abaixo uma linda princesa atada numa rocha. Era Andrômeda, que sua
fútil mãe Cassiopéia que ao dizer que era mais bonita do que as filhas do deus
do mar Nereu, fez surgir a ira de Poseidon.
Para puni-la, Poseidon enviou um monstro
marinho para devastar o reino, e isto só poderia ser evitado se fosse oferecido
a filha da rainha, Andrômeda, que assim foi colocada na orla marítima para
esperar o terrível destino. Perseu matou o monstro marinho e libertou a
princesa.
Os pais dela, em júbilo, ofereceram Andrômeda como esposa a Perseu e os dois seguiram na jornada para Sérifo. Polidectes não acreditava que Perseu tivesse conseguido, e quando quis ver cabeça da Medusa, olhou em seus olhos e se tornou petrificado sob o olhar da cabeça da górgone.
Perseu, Dânae e Andrômeda seguiram juntos para Argos, onde esperavam se reconciliar com o velho rei Acrísio. Mas quando Acrísio soube da visita, fugiu da presença ameaçadora de seu neto, indo para a Tessália. No entanto, o destino os fez encontrar nos jogos fúnebres do rei de Larissa. Eles não se conheciam e quando Perseu atirou um disco, este se desviou e atingiu Acrísio entre os espectadores, matando-o. A previsão do oráculo se realizou...
Os pais dela, em júbilo, ofereceram Andrômeda como esposa a Perseu e os dois seguiram na jornada para Sérifo. Polidectes não acreditava que Perseu tivesse conseguido, e quando quis ver cabeça da Medusa, olhou em seus olhos e se tornou petrificado sob o olhar da cabeça da górgone.
Perseu, Dânae e Andrômeda seguiram juntos para Argos, onde esperavam se reconciliar com o velho rei Acrísio. Mas quando Acrísio soube da visita, fugiu da presença ameaçadora de seu neto, indo para a Tessália. No entanto, o destino os fez encontrar nos jogos fúnebres do rei de Larissa. Eles não se conheciam e quando Perseu atirou um disco, este se desviou e atingiu Acrísio entre os espectadores, matando-o. A previsão do oráculo se realizou...
No
início foi um Deus agrário, às vezes representado com um carneiro sobre os
ombros. Hermes, identificado como Mercúrio na mitologia romana, é o mensageiro
dos deuses olímpicos. Sua capacidade de dominar a palavra, demonstrar astúcia e
diplomacia, fez dele o deus do comércio e dos ladrões.
Hermes representa a jovialidade divina. Seu vigor faz com que viaje por todos os lugares do mundo, o que o torna o deus dos viajantes e protetor das estradas. Para percorrer os céus, traz um chapéu de abas com duas asas e sandálias aladas, que lhe permite voar com eximia ligeireza. Numa das mãos porta o caduceu, varinha mágica que recebeu de Apolo.
Símbolo da juventude fálica, Hermes tinha suas imagens itifálicas erguidas nos templos. Era, assim como Apolo, tido como o ideal de beleza, possuidor de uma agilidade viril. É na figura de Hermes que a androgenia da perfeição da beleza idealizada pelos gregos toma forma, através de Hermafrodito, fruto do seu amor com a bela Afrodite, ser que nascera com os dois sexos.
Nascido
da aventura amorosa entre Zeus e Maia, Hermes foi o único filho tido pelo
senhor do Olimpo fora do casamento, que não despertou a ira da ciumenta Hera
seu carisma conquistara a deusa, que chegou a alimentá-lo no peito quando ainda
criança. Hermes é sedutor, atraente com as palavras, senhor absoluto da
astúcia.
Deus dos lucros das transações é ambíguo como o é o próprio comércio. Se protege a lábia dos ladrões, também os condena por atos espúrios. Odeia a guerra e a discórdia, prezando a diplomacia como solução às querelas divinas e humanas.
Sem nunca parar, Hermes percorre todos os caminhos entre a Terra e o Olimpo. Incansável, leva nos lábios as mensagens dos deuses, propagando-as para os mortais. Seu poder de persuadir embriaga a humanidade, fazendo dele o mais sedutor de todos os olímpicos.
Mito de Prometeu e Pandora
Nos tempos primitivos, quando
o céu e a terra eram um casal, deram à luz aos sete Titãs. Os Titãs foram os
antepassados e os protetores dos seres humanos.
Um dia, Prometeu, filho de um
dos Titãs, roubou o fogo dos deuses. Segundo a mitologia, o fogo tem três
níveis: o fogo universal, o fogo elétrico e o fogo das dificuldades.
Apesar de Prometeu não poder
tomar o fogo universal, ele arrumou uma maneira de roubar o fogo das dificuldades
para dar calor aos seus amados seres humanos. Segundo a mitologia, os seres
humanos não tinham nenhuma doença, miséria, dor, ou coisas similares antes que
Prometeu trouxesse o fogo.
Quando Zeus, rei dos deuses,
descobriu que Prometeu tinha desrespeitado os deuses por ter-lhes roubado o
fogo para dá-lo ao homem, decidiu que em retribuição deveria dar a Prometeu um
fim que compensasse sua ação.
Por isto, Zeus criou Pandora,
uma bela mulher de barro. Até então, as mulheres não existiam; pelo que a
mitologia explica, todas as mulheres vieram dela. Zeus, então, enviou Pandora a
um dos irmãos de Prometeu, Epimeteu.
Prometeu disse a seu irmão
anteriormente que nunca aceitasse presentes de Zeus, porém, Epimeteu não deu
ouvido a Prometeu. E como Pandora era tão formosa, ele a aceitou.
Pandora levava consigo uma
caixa, a caixa de Pandora, que continha todas as misérias humanas nunca antes
sofridas e todo tipo de sentimentos e desejos. Quando Pandora abriu a caixa,
todas as misérias, sentimentos e desejos que estavam dentro da caixa saíram
para assolar a humanidade; a única coisa que permaneceu na caixa foi a
esperança.
Os Titãs foram derrotados
pelos deuses após 10 anos de guerra. Prometeu e todos os seus irmãos tiveram de
compensar seus insultos, cada um a sua maneira.
Prometeu foi acorrentado a uma
rocha com uma águia devorando seu fígado todos os dias. Seu irmão Menoécio
havia amaldiçoado os deuses e, portanto, foi eliminado por um raio de Zeus. Seu
irmão Atlas, o líder guerreiro dos Titãs na batalha entre eles e os deuses, foi
castigado tendo de sustentar a esfera do céu nos ombros.
A mitologia diz que os Titãs
cortaram a comunicação entre o céu e a terra. Quando eles foram derrotados
pelos deuses, a comunicação foi aberta novamente. Espera-se que após a moderna
batalha do Titã, a paz prevaleça na terra com uma nova era de comunicação.
Apolo e Dafne
Apolo era o mais belo dos deuses,
senhor das artes, música e medicina. Sabendo de seus enormes predicados, Apolo
se vangloriou dizendo para Cupido, o pequeno deus do amor, que suas flechas
eram mais poderosas do que aquelas do pequeno deus. Cupido disse-lhe que as
flechas de Apolo eram poderosas, pois podiam ferir a todos, porém as dele eram
mais, pois podiam ferir até mesmo o próprio deus Apolo, esse não acreditou e
riu de Cupido.
Cupido então lançou uma flecha com
ouro na ponta, no coração de Apolo, gerando a paixão dele pela moça Dafne, uma
bela ninfa, filha do rio-deus Peneu. Em Dafne, Cupido lançou uma flecha com
chumbo na ponta, gerando a repulsão por Apolo.
O deus apaixonado perseguia sua amada
e essa fugia dele o quanto podia, até que ela pediu a seu pai para que lhe
ajudasse e mudasse sua forma. Peneu atendeu ao pedido de Dafne e a transformou
em uma planta – o loureiro. Apolo chorou por ter perdido sua paixão e disse que
a levaria para sempre consigo, por isso, desde então, o loureiro acompanhou o
deus Apolo tornando seu símbolo por todo o sempre.
Píramo e Tisbe
O
conto de Píramo e Tisbe pode ser considerado como a influência que Shakespeare
teve para elaborar sua mais famosa obra: Romeu e Julieta. A história se passa
entre dois jovens belos e muito apaixonados, Píramo e Tisbe, que queriam muito
casar, porém seus pais não permitiam.
Esses jovens moravam em casas
vizinhas, separadas por uma parede. Nessa parede havia uma fresta onde os
apaixonados trocavam palavras de amor. Em certo dia, se encontraram a noite e
decidiram que a única alternativa que tinham para ficar juntos era fugir de
suas casas e então combinaram de se encontrar no túmulo de Nino, fora dos
limites da cidade, ao pé de uma amoreira branca e próxima a uma fonte
refrescante.
Tisbe chegou primeiro ao local
e de repente uma leoa chegou bem próximo com a boca ensanguentada querendo se
molhar na fonte. Tisbe correu e escondeu em uma gruta, deixando seu véu cair
sobre a terra. A leoa viu o véu e o rasgou com os dentes ensanguentados.
Quando Píramo chegou e não
achou Tisbe, viu as pegadas do felino e o véu de sua amada todo rasgado e
ensanguentado, se desesperou e decidiu morrer por causa da amada, desembainhou
sua espada e feriu o próprio coração.
Quando Tisbe retornou ao local
se deparou com o amado morto, entendeu a situação e decidiu também morrer junto
com ele. Segundo a mitologia, foi por causa do sangue dos apaixonados que foi
derramado aos pés da amoreira que os deuses se comoveram e decidiram dar a cor
vermelha às amoras.
Céfalo e Prócris
Céfalo era um belo jovem que
amava sua esposa Prócris, por isso fugia de toda mulher que o procurava, pois
era totalmente devotado ao amor que sentia por ela. Prócris havia dado a ele,
dois presentes ganhos pela deusa Diana para serem usados na caça: um cachorro,
que era o mais veloz de todos e uma flecha que jamais erraria seu alvo.
Durante suas caças na
floresta, quando o sol estava a pico, Céfalo deitava numa sombra sobre a relva
para se refrescar e descansar. Toda vez que ele descansava, dizia: “Vem brisa
suave, vem e refresca o meu peito, vem e mitiga o calor que me faz arder.”
Um dia, alguém passou por
perto, ouviu o que Céfalo dizia e contou para Prócris, que duvidou e disse que
só acreditaria na traição se visse a cena. Então, esperou Céfalo sair para a
caça e o seguiu. Enquanto Céfalo descansava, escondida em um arbusto, ela ouviu
as mesmas palavras que ele sempre dizia e começou a chorar.
Céfalo pensou que era um
animal selvagem e lançou sua flecha, que acertou Prócris em cheio. Quando
Céfalo percebeu que havia ferido sua amada com o presente que ela mesma havia
dado, fez de tudo para que ela não morresse, porém de nada adiantou. Prócris
morreu dizendo a Céfalo: “Imploro-te que, se algum dia me amaste, se já alguma
vez mereci a bondade de tuas mãos, meu marido, faças este meu último desejo:
não te cases com essa odiosa Brisa.”
Juno e suas rivais.
Certa vez, Juno notou que o dia escurecera de súbito e imediatamente desconfiou de que o marido levantara uma nuvem para esconder algumas de suas façanhas que não gostava de expor à luz. Juno afastou a nuvem e viu o marido, à margem de um rio cristalino, com uma bela novilha ao seu lado. A rainha dos deuses desconfiou de que a aparência da novilha ocultava alguma bela ninfa de estirpe mortal, como, na verdade, era o caso. Tratava-se de Io, filha do rio deus Ínaco, a quem Júpiter cortejava, e a quem dera aquela forma, ao sentir a aproximação de sua esposa. Juno foi-se juntar ao marido e, vendo a novilha, elogiou a sua beleza e perguntou quem era ela e a que rebanho pertencia. Júpiter, para evitar que as perguntas continuassem, respondeu que se tratava de uma nova criação da terra. Juno pediu-lhe que lhe desse a novilha de presente. Que poderia Júpiter fazer? Não queria entregar a amante à sua esposa; como recusar-lhe, porém, um presente tão insignificante como uma novilha? Não poderia fazê-lo sem despertar suspeitas. Assim, concordou.
A
deusa ainda não pusera de lado suas desconfianças: entregou, portanto, a
novilha a Argos, ordenando que fosse vigiada atentamente. Ora, Argos tinha cem
olhos na cabeça e, para dormir, jamais fechava mais de dois, ao mesmo tempo, de
maneira que velava por Io constantemente. Deixava-a pastar durante o dia e, à
noite, amarrava-a com uma corda em torno do pescoço. Io sentia ímpetos de
estender os braços para implorar liberdade a Argos, mas não tinha braços e sua
voz era um mugido que amedrontava até ela própria.
Viu
seu pai e suas irmãs, aproximou-se deles, deixou-os acariciá-la e louvar lhe a
beleza. Seu pai estendeu-lhe um punhado de relva e ela lambeu-lhe a mão
estendida. Ansiava-se por se fazer
conhecida dele, mas, infelizmente, as palavras lhe faltavam. Afinal, teve ideia
de escrever, e escreveu seu nome — era bem curto — com o casco, na areia.
Ínaco
reconheceu-a e, descobrindo que sua filha, a quem há tanto tempo procurara em
vão, estava escondida sob aquele disfarce, chorou e abraçando-se com seu branco
pescoço, exclamou:
—
Ah, minha filha! Teria sido menos doloroso perder-te inteiramente!
Enquanto assim se lamentava, Argos,
observando o que se passava, aproximou-se e levou Io dali, indo ele próprio
sentar-se num alto talude, de onde podia olhar em todas as direções. Júpiter
perturbou-se ao ver os sofrimentos da amante e, chamando Mercúrio, ordenou-lhe
que matasse Argos. Mercúrio apressou-se: calçou as sandálias aladas, pôs o
barrete, pegou sua vara de condão que fazia dormir e atirou-se das alturas do
céu para a terra. Despojou-se, então, de suas asas, conservando apenas a vara
de condão, com a qual se apresentou como um pastor conduzindo um rebanho.
Enquanto caminhava, tocava sua gaita. Argos ouviu-o deleitado, pois era a
primeira vez que via o instrumento.
— Jovem! — exclamou.
—
Vem assentar-te ao meu lado nesta pedra. Não há melhor lugar para teu rebanho
pastar por estas redondezas e aqui há uma sombra suave, tal como os pastores
apreciam.
Mercúrio
sentou-se, conversou e contou histórias até bem tarde, e tocou em seu
instrumento as melodias mais suaves, tentando adormecer os olhos vigilantes,
mas tudo em vão. Argos conseguia deixar alguns de seus olhos abertos, embora
fechando os demais. Entre outras histórias, Mercúrio contou-lhe como fora
inventado o instrumento que tocava.
—
Havia uma certa ninfa, cujo nome era Sirinx, muito querida pelos sátiros e
pelos espíritos dos bosques; ela, porém, não se entregava a nenhum, sendo fiel
cultuadora de Diana, e dedicava-se à caça. Quem a visse em suas vestes de caça
a teria tomado pela própria Diana; a única diferença é que seu arco era de
chifre e o da deusa, de prata.
Certo
dia, quando ela voltava da caça, Pã encontrou-a, disse-lhe isto e muito mais. A
ninfa correu, sem parar para ouvir as lisonjas, e ele a perseguia, até as
margens do rio, onde a agarrou, dando-lhe apenas tempo de gritar pedindo a
ajuda de suas companheiras, as ninfas da água. Estas ouviram e atenderam ao
pedido. Pã abraçou o que acreditava ser o corpo de uma ninfa e na verdade era
apenas um feixe de juncos! Como desse um suspiro, o ar, atravessando os juncos,
produziu uma melodia melancólica. Encantado com a novidade e com a doçura da
música, o deus exclamou:
—
Assim, pelo menos, serás minha. Tomou alguns dos juncos, de tamanhos desiguais,
colocou-os lado a lado, e assim construiu o instrumento que chamou de Sirinx,
em homenagem à ninfa. Antes de Mercúrio terminar sua história, percebeu que
Argos adormecera, com todos os olhos fechados. Enquanto cabeceava, Mercúrio,
com um só golpe, cortou-lhe a cabeça e atirou-a embaixo do rochedo.
Desventurado Argos! A luz de seus cem olhos apagou-se imediatamente. Juno
tomou-os e colocou-os, como ornamentos, na cauda de seu pavão, onde até hoje
permanecem.
A
vingança de Juno não estava ainda saciada, contudo. Mandou um moscardo
perseguir Io, que fugiu de sua perseguição através do mundo inteiro. Atravessou
a nado o Mar Jônico, que dela tirou o seu nome; correu pelas planícies da
Ilíria; galgou o Monte Hemo e atravessou o estreito da Trácia, daí por diante
chamado de Bósforo (rio da vaca); vagou pela Cítia e pelo país dos cimerianos e
chegou, afinal, às margens do Nilo. Júpiter, enfim, intercedeu por ela e,
diante de sua promessa de que não daria mais atenção alguma à ninfa, Juno
consentiu em devolver-lhe a antiga forma.
Foi
curioso vê-la recuperar a própria aparência. Os ásperos pelos caíram-lhe do
corpo, os chifres encolheram, os olhos estreitaram-se, a boca diminuiu; mãos e
unhas surgiram em lugar dos cascos das patas dianteiras; em breve nada mais
restava da novilha, a não ser a beleza. A princípio, Io teve medo de falar, mas
pouco a pouco, recuperou a confiança e foi levada de volta para junto do pai e
das irmãs.
Niso e Sila.
Minos, Rei de Creta, fazia guerra a Megara,
cujo rei, Niso, tinha uma filha, a jovem Sila. O sítio durava seis meses e a
cidade ainda resistia, pois estava decretado pelo destino que ela não seria
tomada, enquanto um certo cacho cor-de-púrpura, que brilhava entre os cabelos
do Rei Niso, continuasse em sua cabeça.
Havia,
nas muralhas da cidade, uma torre que dominava a planície onde Minos e seu
exército estavam acampados, e Sila costumava ir a essa torre contemplar as
tendas do exército inimigo. O sítio durava tanto tempo que a moça já distinguia
os chefes. Mitros, em particular, despertava sua admiração, com seu porte
gentil, ostentando o elmo e o escudo; sua agilidade, combinada com a força, em
lançar o dardo; sua maneira de distender o arco, que o próprio Apolo não faria
mais graciosamente.
Quando, porém, ele deixava o elmo e,
envergando as vestes de púrpura, cavalgava o ginete branco ricamente ajaezado
que mordia o freio com a boca espumejante, a filha de Niso mal conseguia
conter-se; sentia por ele uma admiração frenética. Invejava as armas que ele
segurava, as rédeas que sustentava. Tinha vontade de ir, se fosse possível,
procurá-lo, através das fileiras inimigas; sentia o impulso de lançar-se da
torre no meio do acampamento de Minos, ou de abrir-lhe as portas da cidade, ou
de fazer qualquer coisa que lhe desse satisfação. Sentada na torre, assim
falava consigo mesma:
— Não sei se devo lamentar ou regozijar-me com esta triste guerra. Lamento que Minos seja nosso inimigo, mas regozijo-me com qualquer coisa que o traga à minha vista. Talvez ele esteja disposto a nos conceder a paz e tomar-me como refém. Eu voaria, se pudesse, para pousar em seu acampamento e dizer-lhe que nos entregamos à sua mercê. Mas trair meu pai! Não! Antes nunca mais tornar a ver Minos.
— Não sei se devo lamentar ou regozijar-me com esta triste guerra. Lamento que Minos seja nosso inimigo, mas regozijo-me com qualquer coisa que o traga à minha vista. Talvez ele esteja disposto a nos conceder a paz e tomar-me como refém. Eu voaria, se pudesse, para pousar em seu acampamento e dizer-lhe que nos entregamos à sua mercê. Mas trair meu pai! Não! Antes nunca mais tornar a ver Minos.
No entanto, não há dúvida de que é bem certo
que, às vezes, não há coisa melhor para uma cidade que ser conquistada, quando
o conquistador é clemente e generoso. Minos sem dúvida está com a razão; acho
que seremos vencidos, e, se tal deve ser o desfecho, por que não lhe abrir as
portas da cidade, em vez de deixar que isso se faça pela guerra? Seria preferível evitar a demora e a
carnificina. E se alguém matasse Minos? Ninguém certamente teria coragem de
matá-lo; é possível, contudo, que alguém o fizesse, por ignorância, sem
conhecê-lo. Vou entregar-me a ele, tendo meu país como dote e pôr fim a esta
guerra. Mas como?
As
portas estão guardadas e meu pai tem as chaves; somente ele se interpõe no meu
caminho. Oxalá quisessem os deuses levá-lo! Mas por que pedir aos deuses para
fazer tal coisa? Outra mulher, amando como amo, afastaria com suas próprias
mãos qualquer obstáculo que se interpusesse no caminho de seu amor. E pode
outra mulher fazer mais do que eu? Desafiarei ferro e fogo para conquistar o
que desejo. Mas não há necessidade de ferro e fogo. Preciso apenas da madeixa
cor-de-púrpura de meu pai. Mais preciosa para mim do que o ouro, isso me dará
tudo o que quero.
Enquanto
a jovem assim refletia, a noite chegou, e em breve todo o palácio estava
mergulhado no sono. Sila entrou no aposento do pai e cortou a madeixa fatal;
depois, saiu da cidade e entrou no acampamento inimigo. Pediu para ser levada à
presença do rei, e assim a ele se dirigiu:
— Sou Sila, filha de Niso. Entrego-te meu país
e a casa de meu pai. Não te peço outra recompensa senão tu mesmo; foi por amor
a ti que fiz isto. Aqui está a madeixa cor-de-púrpura. Com isto, eu te entrego
meu pai e seu reino.
Estendeu
o braço com o despojo fatal, mas Minos recuou e não quis tocá-lo.
—
Os deuses te destruam, mulher infame! — exclamou.
—
Desgraça de nosso tempo! Que nem a terra nem o mar te deem um lugar de repouso!
Minha Creta, onde o próprio Jove foi criado, não será poluída com tal monstro!
Dito isto, deu ordens para que fossem oferecidas condições razoáveis à cidade
conquistada e que a frota partisse imediatamente da ilha. Sila ficou
desesperada.
—
Homem ingrato! — exclamou.
— É assim que me abandonas? Eu que te dei a
vitória, que sacrifiquei por ti meu pai e minha pátria? Sou culpada, confesso,
e mereço morrer, mas não por tuas mãos!
Quando
os navios se afastaram do litoral, ela se atirou à água e, agarrando-se ao leme
do barco que transportava Minos, foi levada como companheira indesejável de
viagem. Uma águia marinha voando bem alto — era seu pai, que havia tomado
aquela forma — vendo-a, lançou-se sobre ela e feriu-a com o bico e com as
garras. Aterrorizada, ela largou o navio e teria se afogado no mar, se uma
divindade piedosa não a tivesse transformado em uma ave. A águia do mar
conservou a velha animosidade; e sempre que a avista em seu voo altaneiro
lança-se sobre ela, atacando-a com o bico e as garras, para se vingar do antigo
crime.
Diana e Actéon
Actéon era um garoto que
caçava cervos nas montanhas e era filho do rei Cadmo. Diana era uma rainha
conhecida como a rainha caçadora. Havia um vale cheio de ciprestes de
pinheiros, lugar onde a rainha era consagrada.
Existia uma gruta e ao seu
lado jorrava uma fonte, que caia em uma bacia aberta, circundada por uma orla
verdejante.
As deusas costumavam ir
naquele lugar para banhar. Certo dia elas entraram com suas ninfas, Diana
entregou a uma delas o seu dardo, sua aljava e seu arco, e a outra entregou seu
manto enquanto outra tirava suas sandálias.
Crócale arrumou o cabelo da
deusa enquanto Néfele, Híale e as outras traziam água em vasos grandes. Actéon
que havia se separado de seus companheiros, continuou andando até que entrou na
gruta, as ninfas percebendo a presença de um homem, gritaram e correram para
junto da deusa, tentando escondê-la. Diana cercada pelas ninfas tentou pegar
suas fechas, mas não conseguiu. Ela então pegou um pouco de água e jogou na
cara de Actéon e disse: “Agora vai e conta, se puderes, que viste Diana
desnuda”.
Rapidamente, cresceu em sua
cabeça um par de chifres de cervos, o pescoço encompridou-se, as orelhas
cresceram e tornaram-se pontudas, as mãos tornaram-se cascos, os braços
tornaram-se patas e o seu corpo foi coberto por pelos manchados. Actéon então
fugiu.
Os cães de caça o avistaram e
começaram a correr atrás dele, ele tentou gritar, dizer que era Actéon, mas não
saia voz. Um cão atacou suas costas e outro mordeu seu ombro, enterrando os
dentes em sua carne. Ele ergueu seus braços em súplica, para que os cães parassem
com aquilo. Seus amigos de caça mandaram os cães à procura de Actéon, para que
pudesse assistir juntamente com eles a grande diversão.
Depois de tantas mordidas e
rasgadas, Actéon morreu. E então, a ira de Diana foi saciada.
Midas
Midas era um rei, filho de
Górdio, um camponês que foi feito rei pelo povo. Certa vez, o mestre e pai de
criação do deus Baco, Sileno embriagou-se e se perdeu, foi encontrado pelo rei
Midas que o tratou muito bem, oferecendo banquetes e cuidando dele. Baco
resolveu presentear Midas, oferecendo a ele a oportunidade de escolher uma
recompensa.
O que Midas escolheu foi o
poder de transformar tudo que ele tocava em ouro, assim, seu pedido foi
atendido, porém Sileno ficou um pouco contrariado pois achou uma péssima
escolha. Midas foi feliz, transformando tudo em ouro e riquezas, até o momento
em que ele percebeu que não podia mais comer, pois toda comida e bebida que ele
pegava ou engolia se transformava em ouro.
Midas passou a odiar seu poder
e pediu a Baco para livrá-lo daquela situação. Baco atendeu ao pedido e disse
para Midas se lavar em um riacho e assim, acabar com o seu poder. Midas então
se livrou daquilo e passou a ser um camponês, a odiar as riquezas e a adorar o
deus Pã.
Certa vez, Pã desafiou Apolo
para uma disputa, queriam ver quem produzia a melhor música, e para isso,
chamaram o deus Tmolo para julgar. Apolo venceu a disputa com a aprovação de
todos, menos a de Midas, que apoiava o deus Pã, assim, Apolo puniu a Midas
colocando nele orelhas de asno.
Hero e Leandro
Hero e Leandro eram dois
apaixonados que moravam em cidades diferentes, uma na Ásia e outra na Europa.
Entre as duas cidades havia um estreito. Todas as noites, Leandro atravessava o
mar a nado para encontrar com sua amada e para clarear sua visão, deixava uma
tocha acesa no alto de uma torre.
Certa vez, o mar estava
bastante agitado e Leandro não conseguiu atravessar, desfalecendo e morrendo
afogado. Seu corpo foi levado pelas ondas do mar até a parte da Europa, onde
Hero estava. A jovem se entristeceu grandemente e de tanta tristeza, se atirou
do alto de uma torre.
Minerva
Métis, personificação
da prudência, ia dar à luz um filho de Zeus. Ao consultar o Oráculo de Gaia, o
deus soube que em seguida viria um filho que lhe tiraria o trono, assim como
Zeus fizera a seu pai, Cronos. Temeroso, Zeus engoliu Métis, assegurando seu
reinado.
Dias
depois, sentindo uma dor lancinante na cabeça, chamou Hefestos. Este, que era o
ferreiro divino, golpeou o crânio do pai com seu machado e viu surgir uma
mulher adulta, já vestida com uma armadura e um elmo de ouro e portando um
escudo e uma lança nas mãos. Era Atena, nova encarnação da sabedoria divina,
deusa da justiça, que completara seu crescimento e nascera da cabeça do pai.
Assim que a viu, Vulcano reclamou-a como esposa como pagamento pelo serviço
prestado a Zeus. Mas Atena desejava manter-se virgem.
Os
gregos antigos não concebiam que uma grande virtude pudesse ser atribuída a uma
mulher. Foi este o fato que deu origem à lenda do nascimento de Atena, ou
Minerva. Pois o surgimento de uma deusa sábia e guerreira não poderia se dar
pelo ventre materno.
As qualidades masculinas de Minerva
não seriam aceitas se a deusa fosse leviana e libertina como as outra imortais
olímpicas. Para ganhar e manter o respeito de guerreiros e povos inteiros,
manteve-se virgem, num pudor avassalador que chegou a causar desgraças. Quando
o gigante Palas tentou violenta-la, por exemplo, foi assassinado, e de sua pele
foi feito o aigis, manto da virgindade. Para que não esquecessem sua vitória,
adotou o nome de Palas Atena, sob o qual era invocada pelos gregos para
proteger suas cidades.
A sabedoria de Minerva se traduz em
sua belicosidade. A deusa é uma divindade guerreira, mas usa sua força apenas
de forma defensiva. Atena luta pela justiça e por seus ideais, visando a paz e
encarnando o ideal bélico.
Não só por seu caráter de justiça, Minerva é considerada uma divindade civilizatória. A ela são atribuídos a criação da flauta e do leme, a fertilidade dos campos e rebanhos, os potes de barro para conservação de alimentos e a arte da tecelagem.
Conforme a Mitologia Grega, os deuses olímpicos moravam em um imenso
palácio construído no topo do Monte Olimpo, uma montanha que ultrapassaria o
céu. Descrito por alguns autores como um palácio de cristal, a composição
clássica dos doze deuses olímpicos incluía os deuses: Zeus, Hera, Poseidon,
Atena, Ares, Deméter, Apolo, Ártemis, Hefesto, Afrodite, Hermes e Dioniso, além
das Musas que cantavam e dançavam ao som da lira de Apolo.
A
ambrosia era o manjar dos deuses do Olimpo e vetado aos mortais. Descrito como
um poderoso alimento de sabor divinal e usado como fragrância perfumada, quando
os deuses ofereciam o alimento a uma pessoa comum, ao experimentá-lo sentia-se
plena de felicidade e tornava-se imortal. Os alimentos dos deuses teriam o
poder de cura e podiam até ressuscitar os mortos nas batalhas.
Deusa da Imortalidade e da Juventude Eterna, Hebe
era filha dos deuses Zeus e Hera, tendo herdado de sua mãe o presídio dos
casamentos e por isso reverenciada pelas noivas jovens. Dedicada aos trabalhos
domésticos, ela era incumbida de servir a ambrosia aos deuses que moravam no
Olimpo e manter as taças cheias de néctar quando estas esvaziavam.
Durante um banquete, enquanto circulava entre os
deuses carregando sua bandeja de taças, Hebe desequilibrou e acidentalmente
derramou a bebida sobre os deuses. Por esse descuido Hebe foi removida de suas
incumbências dando lugar ao belo Ganimedes que tornou-se o garçom dos deuses.
Ganimedes era considerado o mais belo dos mortais e
quando Zeus o viu cuidando de um rebanho ficou maravilhado por sua beleza.
Transformado em uma águia, Zeus raptou-o e levou-o para o Olimpo, a morada dos
deuses. Além de servir aos deuses, Ganimedes servia a água aos homens
tornando-se o zelador da água potável. Por isso Ganimedes passou a ser
retratado com uma ânfora por sua função social. O aguadeiro celeste também
passou a ser visto como um deus do amor homossexual, transgressor por natureza,
por romper com a lógica da procriação da espécie. Da mesma forma representava
os amores com diferença de idade, o amor do mais velho ao mais novo.
Com o fulgor de sua juventude, Hebe passou a dançar
junto com a Musas e as Horas ao som da lira de Apolo. Após a morte do herói
Hércules, ele foi imortalizado e admitido no Olimpo. Por ter perseguido
Hércules durante toda a sua vida como mortal, Hera concedeu a ele o casamento
com Hebe. Dessa união nasceram os gêmeos Alexiares e Anicetus, cujos nomes
significam "aquele que afasta guerra" e "o invencível". Por
serem filhos da Deusa da Eterna Juventude, eles permaneceram eternamente crianças...
VERTUNO LUTA PELO AMOR DE POMONA
Pomona era uma das ninfas dos
bosques. Nenhuma outra devotava maior amor às plantas do que ela. Adorava
colher os frutos maduros das árvores, ou ver os animais a saboreá-los. Usava
sempre um podão para cuidar da flora, ora cortando os ramos que passavam de
seus limites, ora enxertando-os com uma nova vida. Preocupava-se, sobretudo,
com o fato de que as plantas tivessem sempre água. Jamais desejou outro amor ou
outra forma de vida que não fosse essa. Fugia dos homens e dos sátiros que a
perseguiam.
Vertuno, deus dos jardins e
pomares, apaixonou-se desesperadamente por Pomona, embora ela o ignorasse, como
fazia com os demais. Para se aproximar da ninfa, ele usava os mais diferentes
disfarces. Ora apresentava-se como um vinhateiro, ora como um colhedor de
maçãs, ou, como um pescador, etc. De uma feita, tomou a forma de uma velha
mulher, com seus cabelos brancos, cobertos por um lenço, usando um bastão que a
ajudava caminhar. Adentrou no pomar de Pomona, admirando a beleza de suas
árvores e frutos.
A suposta senhora idosa
sentou-se ao lado de Pomona, e pôs-se a conversar com ela. Falou-lhe da
importância da vinha que cingia o tronco da árvore, e da importância do tronco
que dava suporte à vinha, para que nele se enroscasse. Através do exemplo da
natureza, ela, Pomona, deveria perceber que também precisava se unir a alguém.
Sabia ela que tinha muitos pretendentes, mas nenhum deles a amava tanto como
Vertuno. E o seu conselho era o de que deveria tomá-lo como esposo. Ele era uma
divindade séria, pertencente às montanhas, que amava as mesmas coisas que ela.
E suplicou-lhe para que o imaginasse falando através de sua boca, ali, naquela
hora. E contou-lhe a história do amor de Ífis e Anaxárete, tendo ele morrido
por ela, que, por sua dureza de coração, transformou-se em pedra.
Depois de tais palavras,
Vertuno tirou o seu disfarce diante dos olhos de Pomona, mostrando o belo jovem
que era. Imediatamente ela também caiu de amores por ele, selando ali a união
dos dois.
Perséfone e Hades
O universo foi dividido em três partes
desde o início dos tempos: a primeira parte (o céu e a terra), foi destinada a
Zeus. A segunda parte (mares) foi destinada a Poseidon, e a terceira parte
(mundo subterrâneo), foi destinada a Hades.
Algumas vezes, Hades gostava de sair das
profundezas do inferno e ficar deitado em um vale, e certo dia, Afrodite e Eros
que estavam passeando naquele lugar, começaram a conversar sobre o poder de
Afrodite. Eros desafiou sua mãe ao dizer que o poder de Afrodite não
funcionaria com Hades. Ela decidiu, então, provar o seu poder: acertou o deus
com a flecha de Eros.
No
mesmo instante em que foi atingido, Hades sentiu algo estranho e se
apaixonou pela primeira mulher que avistou. Essa mulher era Perséfone,
filha de Deméter (deusa de todas as terras cultivadas). Completamente
apaixonado, Hades sequestrou Perséfone e a levou para o mundo subterrâneo.
Ao notar que sua filha havia sumido, Deméter saiu a procurá-la, até
descobrir que sua filha estava no mundo subterrâneo.
Deméter pediu a ajuda de Zeus, mas ele
disse que não podia ajudá-la. A mãe ameaçou Zeus, dizendo-lhe que devastaria a
terra se não tivesse a filha de volta: - Não haverá mais chuvas, as colheitas
secarão nos campos, não haverá mais vida na terra.
O rei dos deuses pediu que Hermes, seu
mensageiro, acompanhasse Deméter ao submundo para tentar negociar com
Hades.
Hermes
e Deméter chegaram ao mundo dos mortos e logo encontraram Perséfone. A menina
estava feliz ao lado de Hades.
- Não permito que você fique. Devolva a
coroa e venha comigo! - disse Deméter a sua filha.
- Perséfone é sua filha, mas agora também é
minha esposa - disse Hades.
Dividida
pelo amor ao marido e à mãe, Perséfone chorou. Hermes resolveu interferir:
- Você trouxe Perséfone sem o consentimento da mãe. Pelas leis do mundo lá de cima, esse casamento não tem valor. Depois, voltou-se para Deméter, dizendo: - Pelas leis do mundo subterrâneo, nenhuma alma, morta ou viva, poderá deixar esse lugar depois de ter comido qualquer coisa, nem que seja um caroço de romã. Precisamos saber então se Perséfone comeu alguma coisa.
- Comi seis caroços de romã - respondeu Perséfone, levantando a cabeça - ajude-me Hermes, eu amo minha mãe, mas também amo meu marido.
- Você trouxe Perséfone sem o consentimento da mãe. Pelas leis do mundo lá de cima, esse casamento não tem valor. Depois, voltou-se para Deméter, dizendo: - Pelas leis do mundo subterrâneo, nenhuma alma, morta ou viva, poderá deixar esse lugar depois de ter comido qualquer coisa, nem que seja um caroço de romã. Precisamos saber então se Perséfone comeu alguma coisa.
- Comi seis caroços de romã - respondeu Perséfone, levantando a cabeça - ajude-me Hermes, eu amo minha mãe, mas também amo meu marido.
- Tive uma ideia: fique seis meses do ano
com seu marido, e seis meses com sua mãe.
Quando Perséfone vem passar os seis meses com sua mãe, Meméter manifesta sua alegria e abençoa a terra. As colheitas amadurecem nos campos, as árvores se enchem de flores.
Quando Perséfone vem passar os seis meses com sua mãe, Meméter manifesta sua alegria e abençoa a terra. As colheitas amadurecem nos campos, as árvores se enchem de flores.
Depois,
é hora de Perséfone voltar para o lado do marido. Durante seis meses, Deméter
se recolhe para chorar de saudade da filha, as folhas secam e não há
chuva.
Uma
das lendas mais belas e conhecidas da mitologia
grega é a de Eros e Psiquê. O
conhecimento geral da lenda se dá pela figura bastante difundida do anjo
Eros (ou Cupido). Eros era filho da deusa do amor, Afrodite,
um imortal de beleza inigualável. Já Psiquê, mortal, era uma das
três filhas de um rei, todas muito belas, capaz de despertar a admiração
de qualquer pessoa, tanto que muitos vinham de longe para apreciá-las. Logo, as
duas irmãs de Psiquê casam-se. Apenas a jovem não casa, ainda
que
seja a mais bela das três, e justamente por isso era a mais temida,
já que sua beleza fazia seus pretendentes terem medo. Consultando os
oráculos, os pais da jovem entristeceram-se pelo destino da filha, já que
foram aconselhados a vestirem-na com trajes de núpcias e colocarem-na num alto
de um rochedo para ser desposada por um terrível monstro! Na verdade, tudo
fazia parte de um plano da vingativa Afrodite, que sofria de inveja da beleza
da moça.
Assim
que a jovem foi deixada no alto do rochedo, um vento muito forte, Zéfiro,
soprou e a levou pelos ares e ela foi colocado em um vale. Psiquê adormece
exausta e quando acorda parece ter sido transportada para um cenário de sonhos,
um castelo enorme de mármore e ouro e vozes sussurradas que lhe informavam tudo
que precisava. Foi levada aos seus aposentos e logo percebeu que alguém a
acompanhava e logo descobriu que era o marido que lhe havia sido predestinado,
ele era extremamente carinhoso e a fazia sentir bastante amada, mas ele havia
colocado uma condição, que ela não poderia vê-lo, pois se assim o fizesse
o perderia para sempre. Psiquê concorda com a condição e permanece com
ele. O próprio Eros, que tinha sido encarregado de executar a vingança da
mãe, se apaixonara por Psiquê, mas que tem de se manter escondido para
evitar a fúria de Afrodite.
Com o passar do tempo, ela se
sentia extremamente feliz, porque seu marido era o melhor dos esposos e a fazia
sentir o mais profundo amor, mas resolve fazer-lhe um pedido arriscado: o de ir
visitar seus pais, mesmo com a advertência dos oráculos e o temor do esposo,
ela insiste, até que ele cede.
Da mesma forma que foi
transportada até o seu novo lar, Psiquê vai até a casa dos pais.
O reencontro gera a felicidade dos pais e a inveja das irmãs, que enchem-na de
perguntas sobre o marido, e ela acaba revelando que nunca vira seu rosto. Elas
acabam convencendo-a que ela deveria vê-lo e ela se enche de curiosidade.
Quando a noite chega e ela
retorna à casa, o coração dela está totalmente tomado pela
curiosidade, então ela acende uma vela e procura ver o rosto do marido.
Ela fica totalmente extasiada
e encantada pela beleza estonteante do marido oculto, Eros, que teria feito
esse pedido para que a esposa se apaixonasse pelo que é e
não pela sua beleza. Psiquê ficou tão deslumbrada pela
visão do esposo que não percebeu que uma gota da cera da vela pinga
no peito do amado e o acorda assustado. Ele, ao ver que ela tinha quebrado a
promessa, a abandona.
Sozinha e infeliz,
Psiquê começou a vagar pelo mundo. Passando, assim, por vários desafios e
sofrimentos impostos por Afrodite como uma vingança por ela ter ferido o
seu filho, a jovem luta tentando recuperar o seu amor, mas acaba entregando-se
à morte, caindo num sono profundo. Ao vê-la tão triste e arrependida,
Eros, que também sofria com a ausência da amada, implorou a Zeus que
tivesse misericórdia deles. Com a concessão de Zeus, Eros usou uma de suas
flechas, despertando a amada, transformando-a numa imortal, levando-a para o
Olimpo.
A partir daí, Eros e Psiquê nunca
mais separaram-se. O mito de Eros (o amor) e Psiquê (a alma) retrata a
união entre o amor e a alma.
Em grego "psique" significa
tanto "borboleta" como "alma". Uma
alegoria à imortalidade da alma, simboliza também a alma humana
provada por sofrimentos e aprovada, recebendo como prêmio o verdadeiro amor
que é eterno.
Thanatos - a personificação da morte
Thanatos ou morte, é filho
da titã Nix com Érebo e irmão gêmeo do deus do sono Hipnos, alguns dizem que Thanatos
nasceu no dia 21 de agosto que é seu dia favorito para tirar vidas.
Thanatos
era além de um deus era um monstro que havia o coração feito de ferro e as
entranhas de bronze, normalmente ele é representado por um anjo morto, mas
algumas vezes ele aparece como um anjo vivo e jovem.
Conta uma história que Thanatos foi matar o rei Sísifo por ordem de Zeus, mas Sísifo conseguiu enganar Thanatos
elogiando sua beleza e lhe ofereceu um colar para o deixar mais belo, Thanatos aceitou, mas ele não
desconfiava que o colar na verdade era um coleira que o deixou aprisionado,
assim ninguém mais poderia morrer o que deixou Hades e Ares muito estressados, Hades libertou Thanatos e o mandou trazer o mais rápido
possível Sísifo para seu mundo e
foi feito.
Também se diz que Thanatos foi matar o rei Midas, mas não esperava que o herói Hércules estivesse lá, assim Hércules expulsa Thanatos do palácio do rei.
Também se diz que Thanatos foi matar o rei Midas, mas não esperava que o herói Hércules estivesse lá, assim Hércules expulsa Thanatos do palácio do rei.
Poseidon
Poseidon,
também conhecido como Netuno para os romanos, era o grande rei
dos mares, um homem muito forte, com barbas e sempre representado com seu
tridente na mão e as vezes com um golfinho. Era filho de Cronos, deus do tempo,
e da deusa da fertilidade Réia. Sua casa era no fundo do mar e com seu tridente
causava maremotos, tremores, além de fazer brotar água do solo.
Poseidon era casado com
Anfitrite. Quando se conheceram Poseidon se apaixonou por ela, mas Anfitrite o
recusou e Poseidon a obrigou casar-se com ele, porém, ela para não casar, se escondeu nas profundezas do oceano, só sua mãe sabia onde ela estava. Mas com o
tempo Anfitrite mudou de ideia e foi atrás de Poseidon com quem se casou e
ficou sendo a rainha do oceano. Com ela teve um filho chamado Tritão que
aterrorizava os marinheiros com um barulho espantoso que ele fazia quando
soprava o búzio, um instrumento, mas também com ele fazia sons maravilhosos.
Entretanto, na sua vida Poseidon teve muitos outros amores e fora de seu
casamento teve mais filhos que ficaram muito conhecidos por sua crueldade, os
dois que mais conhecidos foram o Ciclope
e o gigante Orion. Poseidon disputou com Atena, a
deusa da sabedoria, para ser a deidade da cidade hoje conhecida como Atenas,
porém Atena ganhou a competição e a cidade ficou conhecida com o seu nome.
Na história da Guerra
de Tróia, Poseidon e Apolo
ajudaram o rei na construção dos muros daquela cidade e a eles foi prometida
uma recompensa, porém tinham sidos enganados, pois o rei não os recompensou.
Foi então que Poseidon muito enfurecido se vingou de Tróia e enviou um monstro
do mar que saqueou toda a terra de Tróia e durante a guerra ele ajudou os
gregos.
Poseidon é também o pai de Pégaso, um cavalo
alado gerado por Medusa,
por esse motivo sempre esteve muito ligado aos cavalos e foi o primeiro a
colocar cavalos na região. Outro caso de amor muito conhecido de Poseidon foi
com sua irmã Demeter,
ele a perseguiu e ela para evitá-lo se transformou em égua, porém ele se
transformou em um garanhão e com ela teve um encantador cavalo, Arion. Poseidon
era um deus muito importante e celebravam em sua honra os Jogos místicos,
constituídos de competições atléticas e também de musicas e poesias, realizados
de dois em dois anos.
Dédalo e Ícaro
Dédalo era um construtor e um escultor muito
competente de Atenas que caiu em desgraça por ter assassinado Talo. Acolhido
com amizade pelo rei Minos de Creta, Dédalo refugiou-se com o filho Ícaro na
Ática. Foi incumbido de construir um labirinto para guardar o terrível
Minotauro, filho da Rainha Pasifae, mulher de Minos, e de um touro. Minotauro
era portanto um monstro, metade homem e metade touro, que se alimentava de
carne humana. O labirinto era tão perfeito que até Dédalo teve dificuldade em
sair dele.
O rei Minos, como castigo pelo facto dos Atenienses lhe terem matado o filho Androgeu, tomou a cidade de Atenas e impôs um tributo anual de sete rapazes e sete raparigas para alimentar o Minotauro. Ao fim do terceiro tributo, Teseu, filho do rei de Atenas, ofereceu-se como uma das vítimas, a fim de salvar a sua Pátria do flagelo que os atingia. Ao chegar a Creta, Ariadne, filha do rei Minos, apaixonou-se pelo jovem Teseu e, com a ajuda de Dédalo, deu ao jovem um novelo de fio que guiou o herói para fora do labirinto.
Furioso com a traição de Dédalo, o rei Minos
mandou-o encerrar, juntamente com o seu filho Ícaro, numa ilha de onde não
podiam fugir sem autorização do rei. Dédalo começou então a imaginar uma fuga.
Recolheu penas de aves e, unindo-as com cera, construiu asas para si e para o
filho. Conseguiram assim voar até uma ilha vizinha, mas Ícaro, entusiasmado com
o sucesso da experiência, continuou a voar cada vez mais alto, não dando
ouvidos a Dédalo, que de terra o advertia para não voar alto de mais, por causa
do sol. Como se aproximou demasiado do sol, este derreteu a cera das asas e
Ícaro caiu no mar Egeu, afogando-se para grande desgosto de Dédalo, que mais
não pôde fazer do que observar e chorar a morte do filho. A ilha, onde caiu o
corpo do jovem Ícaro, recebeu o nome de Icária.
Prometeu
Ele era filho de Jápeto e de
Ásia, irmão de Atlas, Epimeteu e Menoécio, e se tornou o progenitor de
Deucalião. Uma outra vertente menos significativa aponta como pais de Prometeu
a deusa Hera
e o gigante Eurimedon. Este deus foi o co-criador, ao lado de Epimeteu, da raça
humana, e a ela também se atribui o furto do fogo divino, com o qual presenteou
a Humanidade.
Muito amigo de Zeus, o
ardiloso Prometeu ajudou o deus supremo a driblar a fúria de seu pai Cronos, o
qual foi destronado pelo filho. O dom da imortalidade não o impediu de se
aproximar demais do Homem, sua criação – de acordo com algumas histórias, ele o
teria concebido com argila e água, depois que seu irmão esgotou toda a
matéria-prima de que dispunha com a geração dos outros animais, e lhe pediu
auxílio para elaborar a raça humana.
Ele concedeu ao ser humano o
poder de pensar e raciocinar, bem como lhes transmitiu os mais variados ofícios
e aptidões. Mas esta preferência de Prometeu pela companhia dos homens deixou o
enciumado Zeus colérico. A raiva desta divindade cresceu cada vez mais quando
ele descobriu que seu pretenso amigo o estava traindo.
O titã matou um boi e o
fracionou em dois pedaços, ambos ocultos em tiras de couro; destas frações uma
detinha somente gordura e ossos, enquanto a carne estava reservada para o
pedaço menor. Prometeu tentou oferecer a parte mínima para os deuses olímpicos,
mas Zeus não aceitou, pois desejava o bocado maior. Assim sendo, o filho de
Jápeto lhe concedeu este capricho, mas ao se dar conta de que havia sido
ludibriado, Zeus se enfurece e subtrai da raça humana o domínio do fogo.
É quando Prometeu, mais uma
vez desejando favorecer a Humanidade, rouba o fogo do Olimpo, pregando uma peça
nos poderosos deuses. Já outra versão justifica essa peripécia de Prometeu como
uma forma de obter para a raça humana um elemento que lhe garantiria a
necessária supremacia sobre os demais seres vivos.
O fato é que Zeus decidiu
punir Prometeu, decretando ao ferreiro Hefesto
que o prendesse em correntes junto ao alto do monte Cáucaso, durante 30 mil
anos, durante os quais ele seria diariamente bicado por uma águia, a qual lhe
destruiria o fígado. Como Prometeu era imortal, seu órgão se regenerava
constantemente, e o ciclo destrutivo se reiniciava a cada dia. Isto durou até
que o herói Hércules o libertou,
substituindo-o no cativeiro pelo centauro
Quíron, igualmente imortal.
Zeus havia determinado que só
a troca de Prometeu por outro ser eterno poderia lhe restituir a liberdade.
Como Quíron havia sido atingido por uma flecha, e seu ferimento não tinha cura,
ele estava condenado a sofrer eternamente dores lancinantes. Assim,
substituindo Prometeu, Zeus lhe permitiu se tornar mortal e perecer
serenamente.
*Este belo mito foi transformado em célebre
tragédia pelo poeta grego Ésquilo, no século V a.C, intitulada Prometeu
Acorrentado.
Nike, a deusa do triunfo e da glória
Nike, chamada pelos romanos de Victoria, personificava o triunfo e a glória. Deusa alada, Nike podia correr e voar em grande velocidade, além de outras qualidades extraordinárias que lhe eram atribuídas. Representada carregando uma palma e uma coroa de louros. Era considerada como fonte de boa sorte e todos os deuses, atletas e guerreiros desejavam ter Nike ao lado.
Ela
estava sempre ao lado de Athena, a deusa da sabedoria, da estratégia e das
habilidades, dando a certeza de que a deusa obteria a vitória nas batalhas
travadas. Os atenienses tinham especial devoção por Nike e ergueram templos em
sua homenagem para assinalar as suas vitórias militares. Muitos desses cultos
eram conjugados com outros dedicados à própria Athena.
Nike
voava sobre os campos de batalha para premiar os vencedores com a fama e a
glória, mas nem sempre era justa e nem sempre premiava o mais brilhante. Nike
premiava com os louros da vitória quem soubesse usar da melhor estratégia.
Filha de Palante e da Oceânide Estige ou Styx, sua mãe era a deusa dos
inquebráveis juramentos solenes e portanto invocada em qualquer situação que
envolvesse ganhos, sucesso, vitória e poder. Isso porque para vencer, é
necessário fazer um juramento consigo mesmo para alcançar um objetivo.
Quando Zeus, a divindade dominante do panteão grego, estava organizando a guerra contra os titãs, Styx e seus filhos Nike, Bia, Kratus e Zelus foram seus aliados. Aos deuses, guerreiros e heróis, Bia dava a força, Kratus o poder e Nike coroava a vitória. Porém qualquer um que fosse vencedor também deveria saber lidar com Zelus - o ciúme, algo que sempre ronda quem tem sucesso.
Quando Zeus, a divindade dominante do panteão grego, estava organizando a guerra contra os titãs, Styx e seus filhos Nike, Bia, Kratus e Zelus foram seus aliados. Aos deuses, guerreiros e heróis, Bia dava a força, Kratus o poder e Nike coroava a vitória. Porém qualquer um que fosse vencedor também deveria saber lidar com Zelus - o ciúme, algo que sempre ronda quem tem sucesso.
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No ano de 490 a.C. quando os soldados atenienses partiram para a planície de Maratona ou Marathonas para combater os persas, suas mulheres ficaram apreensivas pois os inimigos haviam jurado que, depois da batalha, marchariam sobre Atenas, destruiriam a cidade, violariam suas mulheres e sacrificariam seus filhos.
Diante
dessa ameaça, os gregos combinaram com suas esposas que, se não recebessem a
notícia da vitória em 24 horas, todos deviam suicidar. Os gregos ganharam a
batalha, mas a luta iria demorar ainda mais tempo e eles temiam que elas
executassem o plano. Por isso enviaram Filípides, que era o melhor atleta de
Atenas, para dar a notícia. Ainda hoje Filipides é homenageado pelo corredor
que carrega a tocha para acender a pira que antecede os jogos olímpicos.
O mensageiro
percorreu cerca de 42 km que separavam Maratona de Atenas, uma razão para a
distância da atual prova olímpica da maratona. O grande corredor só parou
quando chegou à Acrópole, o lugar mais alto e importante da cidade grega. Do
alto ele gritou: Nike! Nike! Nike! e caiu morto pelo esforço.
A maioria
das pessoas reconhecem o nome Nike em parceria com a marca de calçados
mundialmente popular. Isso não é por acaso. O fundador da empresa Nike, Phil
Knight, escolheu o nome propositadamente por sua associação com a vitória no
esporte. Na verdade, tudo sobre a marca da empresa vem da mitologia desta
deusa.
Héstia
Héstia, filha de Zeus e Cibele,
era a divindade que representava o fogo das lareiras, ou seja, as famílias das
cidades e das colônias. Héstia é relacionada na mitologia romana como a deusa
Vesta, sendo muito respeitada por todos os deuses e mortais.
A deusa era cortejada por deuses
como Poseidon e Apolo, porém havia jurado manter sua virgindade perante Zeus,
que lhe deu a honra de ser venerada em todos os lares e ser incluída em todos
os sacrifícios.
Embora Héstia fosse bastante
respeitada por todos, sua imagem não gerou muitas expressões artísticas, talvez
pela sua serenidade. Sua imagem era representada como uma mulher jovem, com uma
larga túnica e um véu sobre a cabeça e sobre os ombros.
SEUS RITUAIS
Héstia é encontrada em rituais,
simbolizada pelo fogo. Para que uma casa se tornasse um lar, a presença de
Héstia era solicitada. Quando um casal se unia, a mãe da noiva acendia uma
tocha em sua casa e a transportava diante do casal recentemente casado até sua
nova casa, para que acendessem a primeira chama em seu lar. Este ato consagrava
o novo lar.
Depois que a criança nascia,
acontecia um segundo ritual. Quando a criança tinha cinco dias de vida, era
levada ao redor da lareira para simbolizar sua admissão na família. Então
seguia-se um festivo banquete sagrado.
Da mesma forma, cada cidade-estado
grega tinha uma lareira comum com um fogo sagrado no edifício principal, onde
os convidados se reuniam oficialmente. Cada colônia levava o fogo sagrado de
sua cidade natal para acender o fogo da nova cidade.
Portanto, onde quer que um
novo casal se aventurasse a estabelecer um novo lar, Héstia vinha com eles com
o fogo sagrado, ligando o lar antigo com o novo, talvez simbolizando
continuidade e ligação, consciência compartilhada e identidade comum.
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A roda de leitura do nono ano.
I- Os alunos leram os mitos pesquisados.
II- Os alunos responderam oralmente perguntas sobre o mito que o colega compartilhou.
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