sábado, 8 de agosto de 2015

PEQUENAS CORRUPÇÕES: DIGA NÃO!

I-                    cor.rup.ção 

           sf (lat corruptione) 1 Ação ou efeito de corromper; decomposição, putrefação.2 Depravação, desmoralização, devassidão. 3 Sedução. 4 Suborno. Var: corrução.


II-              O que é corrupção?
Corrupção vem do latim corruptus, que significa quebrado em pedaços. O verbo corromper significa “tornar pútrido”.
A corrupção pode ser definida como utilização do poder ou autoridade para conseguir obter vantagens e fazer uso do dinheiro público para o seu próprio interesse, de um integrante da família ou amigo.
A corrupção é crime. Veja alguns itens que revelam práticas corruptas:
* Favorecer alguém prejudicando outros.
* Aceitar e solicitar recursos financeiros para obter um determinado serviço público, retirada de multas ou em licitações favorecer determinada empresa.
* Desviar verbas públicas, dinheiro destinado para um fim público e canalizado para as pessoas responsáveis pela obra.
* Até mesmo desviar recursos de um condomínio.
A corrupção é presente (em maior evidência) em países não democráticos e de terceiro mundo. Essa prática infelizmente está presente nas três esferas do poder (legislativo, executivo e judiciário). O uso do cargo ou da posição para obter qualquer tipo de vantagem é denominado de tráfico de influência.
Toda sociedade corrupta sacrifica a camada pobre, que depende puramente dos serviços públicos, mas fica difícil suprir todas as necessidades sociais (infraestrutura, saúde, educação, previdência etc.) se os recursos são divididos com a área natural de atendimento público e com os traficantes de influência (os corruptos).
Quando o governo não tem transparência em sua administração é mais provável que haja ou que incentive essa prática, não existe país com corrupção zero, embora os países ricos democráticos tenham menos corrupção, porque sua população é mais esclarecida acerca dos seus direitos, sendo assim mais difíceis de enganar.
Atualmente existe uma organização internacional que tem como finalidade desenvolver pesquisas nos países para “medir” o nível de corrupção. A partir da pesquisa é feita uma classificação de acordo com a nota que vai de 0 a 10. Alguns dados revelam que o primeiro lugar com nota 9,7, que corresponde à margem de confiança, é a Finlândia; e o Brasil ocupa 54° com nota 3,9, margem de confiança 37-41%.


III-  Pequenas corrupções do dia a dia têm sido tema recorrente nos debates

Ao mesmo tempo em que cobra um país mais ético, parte da população tem dificuldade em acabar com os próprios desvios.



O combate à corrupção tem aparecido como uma das principais bandeiras nesta novíssima história da República que os brasileiros começam a escrever. Se, por um lado, o pedido por honestidade toma as ruas desde a pressão pela aprovação da Lei da Ficha Limpa, em 2010, e, mais intensamente, a partir dos protestos de junho de 2013, por outro, cidadãos ainda encontram dificuldade em superar os próprios vícios. É raro encontrar alguém que nunca tenha cometido pequenos desvios de conduta no cotidiano, como os listados ao lado. Esses comportamentos não deslegitimam o grito contra a corrupção e estão longe de ser a origem dos roubos aos cofres públicos, mas também atropelam o interesse público e mostram que o problema vai além dos Três Poderes.
“A corrupção tem dois significados: algo que se quebra e se degrada. Ela quebra o princípio da confiança, que permite a cada um de nós nos associar para podermos viver em sociedade. Também degrada o que é público”, explica a historiadora Heloísa Starling, coautora do livro Corrupção — ensaios e críticas. “Quando você para em fila dupla, está degradando o sentido do público. Esses desvios de conduta são uma reiteração desse fenômeno complexo da corrupção”, completa.
“São pequenas corrupções em que o privado se sobrepõe ao público. A corrupção não se dá só na relação com o Estado, mas também com a sociedade”, acrescenta o professor de Ética e Filosofia Política da Universidade de São Paulo (USP) Renato Janine Ribeiro. O filósofo, entretanto, faz uma ressalva: “A pequena corrupção não é a causa da grande corrupção. Não é porque a pessoa não aprendeu a ser honesta que ela rouba a Petrobras. É porque é bandida mesmo”.


IV-           Nossas pequenas corrupções

                                                                           Por Isaias Costa

O Brasil está passando por um profundo período de crises. Tenho consciência delas, porém evito escrever a respeito por um motivo muito simples. Antes de ver os erros dos outros, eu sempre me olho no espelho e acabo enxergando os muitos erros e defeitos que tenho.
Sabendo deles, não consigo colocar meus dedos no teclado do computador e sair julgando os políticos por corrupção, ou o congresso ou a Dilma Rousseff.
Neste texto quero fazer você refletir a respeito das pequenas corrupções que você pratica no dia a dia. Para embasar esse texto, usarei um exemplo da minha própria vida. Já cometi muitos atos de corrupção e não tenho nenhuma vergonha de admiti-lo, pelo contrário, estou utilizando-os para lapidar o meu caráter, no intuito de que se torne cada vez mais honesto e sincero.
Quem lê meus textos, provavelmente já sabe que sou professor, e uma das minhas fontes de renda é com aulas particulares. Ensino garotos e garotas desde o ensino fundamental até alunos do ensino superior.
Certa vez, no fim do ano de 2013, tive uma experiência que me fez muito mal, fiquei com um enorme peso na minha consciência. Vou explicar como se deu.
Uma jovem me contactou pedindo aulas particulares de Física para sua disciplina da faculdade. Ela fazia Engenharia e levava o curso totalmente na brincadeira. Dei uma aula para ela e no primeiro dia já percebi sua falta de vontade em estudar. Ela queria tudo pronto, tudo caindo do céu. Mas por acaso existe algum conhecimento que cai dos céus na nossa cabeça? Com certeza não, mas era o que ela queria.
Quando chegou o dia da segunda aula ela não quis mais e desconversou. Pensei à princípio que ela não havia gostado da minha aula, então não me importei, porém ela disse que ligaria para mim dentro de uma semana. Concordei e fiquei esperando sua ligação.
Quando ela me ligou pedindo a aula particular, cheguei em sua casa e ela não estava. Apenas seu namorado estava. Então perguntei por ela.
Seu namorado falou que ela estava na prova apenas esperando que eu escrevesse a solução das questões em um papel, batesse foto com o celular e mandasse via internet para ela.
 Em outras palavras, ela “colou” a prova inteira e eu fui o seu comparsa.
Voltei para casa me sentindo muito mal mesmo. Sabia que tinha feito uma coisa errada. Um cidadão ético não faz esse tipo de coisa. Conversei com a minha mãe, expliquei a ela o que aconteceu e ela me encorajou a dispensar essa aluna.
E foi o que eu fiz! Quando ela me ligou novamente querendo que fizesse a mesma coisa, disse que não poderia, porque esse tipo de atitude não condiz com meus valores humanos.
Digo sem nenhum medo ou receio. Esse foi, provavelmente, o pior dinheiro que já recebi na vida. Cada centavo gasto me veio com um sentimento ruim de que não deveria tê-lo recebido de uma forma desonesta.
Contei essa história com o objetivo de lhe fazer refletir sobre nossa pequenas corrupções do dia a dia. Essa foi uma corrupção com todas as letras. Para algumas pessoas essa pode ser considerada uma atitude simples, ou no dito popular “bestinha”. Não! Não é mesmo! E se você que me lê agora acha que é bestinha, sinto lhe dizer, a semente da corrupção está bastante implantada no seu coração só esperando uma oportunidade para germinar.
Corrupção é algo que está presente dentro da natureza de todos nós. E o que nos distancia dela? Uma palavra mágica chamada CARÁTER.
E você? Quantas pequenas corrupções você já cometeu ou quem sabe ainda comete e acha que é algo “bestinha”? Não precisa comentar! Quero apenas que você reflita sobre isso e antes de culpar o governo, a Dilma ou quem quer que seja, olhe para sua imagem refletida no espelho…

     
V-          Proposta de Redação

Com base na leitura dos textos motivadores e nos conhecimentos construídos ao longo de sua formação, escreva um texto dissertativo  em norma culta  sobre o tema: “Pequenas corrupções. Diga não!

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