I-
cor.rup.ção
sf (lat corruptione) 1 Ação ou efeito
de corromper; decomposição, putrefação.2 Depravação, desmoralização, devassidão. 3 Sedução. 4 Suborno. Var: corrução.
II-
O
que é corrupção?
Corrupção
vem do latim corruptus, que significa
quebrado em pedaços. O verbo corromper significa “tornar pútrido”.
A
corrupção pode ser definida como utilização do poder ou autoridade para
conseguir obter vantagens e fazer uso do dinheiro público para o seu próprio
interesse, de um integrante da família ou amigo.
A corrupção é crime. Veja alguns
itens que revelam práticas corruptas:
* Favorecer alguém
prejudicando outros.
* Aceitar e solicitar
recursos financeiros para obter um determinado serviço público, retirada de
multas ou em licitações favorecer determinada empresa.
* Desviar verbas
públicas, dinheiro destinado para um fim público e canalizado para as pessoas
responsáveis pela obra.
* Até mesmo desviar
recursos de um condomínio.
A
corrupção é presente (em maior evidência) em países não democráticos e de
terceiro mundo. Essa prática infelizmente está presente nas três esferas do
poder (legislativo, executivo e judiciário). O uso do cargo ou da posição para
obter qualquer tipo de vantagem é denominado de tráfico de influência.
Toda
sociedade corrupta sacrifica a camada pobre, que depende puramente dos serviços
públicos, mas fica difícil suprir todas as necessidades sociais
(infraestrutura, saúde, educação, previdência etc.) se os recursos são
divididos com a área natural de atendimento público e com os traficantes de
influência (os corruptos).
Quando
o governo não tem transparência em sua administração é mais provável que haja
ou que incentive essa prática, não existe país com corrupção zero, embora os
países ricos democráticos tenham menos corrupção, porque sua população é mais
esclarecida acerca dos seus direitos, sendo assim mais difíceis de enganar.
Atualmente
existe uma organização internacional que tem como finalidade desenvolver
pesquisas nos países para “medir” o nível de corrupção. A partir da pesquisa é
feita uma classificação de acordo com a nota que vai de 0 a 10. Alguns dados
revelam que o primeiro lugar com nota 9,7, que corresponde à margem de
confiança, é a Finlândia; e o Brasil ocupa 54° com nota 3,9, margem de
confiança 37-41%.
III- Pequenas
corrupções do dia a dia têm sido tema recorrente nos debates
Ao
mesmo tempo em que cobra um país mais ético, parte da população tem dificuldade
em acabar com os próprios desvios.
O combate à corrupção tem aparecido como uma das principais bandeiras nesta novíssima história da República que os brasileiros começam a escrever. Se, por um lado, o pedido por honestidade toma as ruas desde a pressão pela aprovação da Lei da Ficha Limpa, em 2010, e, mais intensamente, a partir dos protestos de junho de 2013, por outro, cidadãos ainda encontram dificuldade em superar os próprios vícios. É raro encontrar alguém que nunca tenha cometido pequenos desvios de conduta no cotidiano, como os listados ao lado. Esses comportamentos não deslegitimam o grito contra a corrupção e estão longe de ser a origem dos roubos aos cofres públicos, mas também atropelam o interesse público e mostram que o problema vai além dos Três Poderes.
“A
corrupção tem dois significados: algo que se quebra e se degrada. Ela quebra o
princípio da confiança, que permite a cada um de nós nos associar para podermos
viver em sociedade. Também degrada o que é público”, explica a historiadora
Heloísa Starling, coautora do livro Corrupção — ensaios e críticas. “Quando
você para em fila dupla, está degradando o sentido do público. Esses desvios de
conduta são uma reiteração desse fenômeno complexo da corrupção”, completa.
“São
pequenas corrupções em que o privado se sobrepõe ao público. A corrupção não se
dá só na relação com o Estado, mas também com a sociedade”,
acrescenta o professor de Ética e Filosofia Política da Universidade de São
Paulo (USP) Renato Janine Ribeiro. O filósofo, entretanto, faz uma ressalva: “A
pequena corrupção não é a causa da grande corrupção. Não é porque a pessoa não
aprendeu a ser honesta que ela rouba a Petrobras. É porque é bandida mesmo”.
IV-
Nossas pequenas corrupções
Por
Isaias Costa
O Brasil está passando
por um profundo período de crises. Tenho consciência delas, porém evito
escrever a respeito por um motivo muito simples. Antes de ver os erros dos
outros, eu sempre me olho no espelho e acabo enxergando os muitos erros e
defeitos que tenho.
Sabendo deles, não
consigo colocar meus dedos no teclado do computador e sair julgando os
políticos por corrupção, ou o congresso ou a Dilma Rousseff.
Neste texto quero fazer
você refletir a respeito das pequenas corrupções que você pratica no dia a dia.
Para embasar esse texto, usarei um exemplo da minha própria vida. Já cometi
muitos atos de corrupção e não tenho nenhuma vergonha de admiti-lo, pelo
contrário, estou utilizando-os para lapidar o meu caráter, no intuito de que se
torne cada vez mais honesto e sincero.
Quem lê meus textos,
provavelmente já sabe que sou professor, e uma das minhas fontes de renda é com
aulas particulares. Ensino garotos e garotas desde o ensino fundamental até
alunos do ensino superior.
Certa vez, no fim do
ano de 2013, tive uma experiência que me fez muito mal, fiquei com um enorme
peso na minha consciência. Vou explicar como se deu.
Uma jovem me contactou
pedindo aulas particulares de Física para sua disciplina da faculdade. Ela
fazia Engenharia e levava o curso totalmente na brincadeira. Dei uma aula para
ela e no primeiro dia já percebi sua falta de vontade em estudar. Ela queria
tudo pronto, tudo caindo do céu. Mas por acaso existe algum conhecimento que
cai dos céus na nossa cabeça? Com certeza não, mas era o que ela queria.
Quando chegou o dia da
segunda aula ela não quis mais e desconversou. Pensei à princípio que ela não
havia gostado da minha aula, então não me importei, porém ela disse que ligaria
para mim dentro de uma semana. Concordei e fiquei esperando sua ligação.
Quando ela me ligou
pedindo a aula particular, cheguei em sua casa e ela não estava. Apenas seu
namorado estava. Então perguntei por ela.
Seu namorado falou que
ela estava na prova apenas esperando que eu escrevesse a solução das questões
em um papel, batesse foto com o celular e mandasse via internet para ela.
Em outras palavras, ela “colou” a prova
inteira e eu fui o seu comparsa.
Voltei para casa me
sentindo muito mal mesmo. Sabia que tinha feito uma coisa errada. Um cidadão
ético não faz esse tipo de coisa. Conversei com a minha mãe, expliquei a ela o
que aconteceu e ela me encorajou a dispensar essa aluna.
E foi o que eu fiz!
Quando ela me ligou novamente querendo que fizesse a mesma coisa, disse que não
poderia, porque esse tipo de atitude não condiz com meus valores humanos.
Digo sem nenhum medo ou
receio. Esse foi, provavelmente, o pior dinheiro que já recebi na vida. Cada
centavo gasto me veio com um sentimento ruim de que não deveria tê-lo recebido
de uma forma desonesta.
Contei essa história
com o objetivo de lhe fazer refletir sobre nossa pequenas corrupções do dia a
dia. Essa foi uma corrupção com todas as letras. Para algumas pessoas essa pode
ser considerada uma atitude simples, ou no dito popular “bestinha”. Não! Não é
mesmo! E se você que me lê agora acha que é bestinha, sinto lhe dizer, a
semente da corrupção está bastante implantada no seu coração só esperando uma
oportunidade para germinar.
Corrupção é algo que
está presente dentro da natureza de todos nós. E o que nos distancia dela? Uma
palavra mágica chamada CARÁTER.
E você? Quantas
pequenas corrupções você já cometeu ou quem sabe ainda comete e acha que é algo
“bestinha”? Não precisa comentar! Quero apenas que você reflita sobre isso e
antes de culpar o governo, a Dilma ou quem quer que seja, olhe para sua imagem
refletida no espelho…
V- Proposta de Redação
Com
base na leitura dos textos motivadores e nos conhecimentos construídos ao longo
de sua formação, escreva um texto dissertativo
em norma culta sobre o tema: “Pequenas
corrupções. Diga não! “
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